Continuamos a meditar sobre a Carta Apostólica Patris Corde (“Com coração de pai”), do Papa Francisco, por ocasião do 150º aniversário da declaração de São José como padroeiro universal da Igreja.
O Papa Francisco nos relembra que São José foi pai na obediência, pois, através de um sonho, Deus lhe mostrou sua vontade. Ao saber da gravidez de Maria, José sentiu uma angústia muito grande, já que não conseguia entender como aquilo havia acontecido. Ele e Maria já estavam casados, mas ainda não moravam juntos. Deus ao lhe explicar como as coisas haviam acontecido, encheu-o de espírito de obediência, superando seu drama, diz o Papa, e salvando Maria.
Mais tarde, em outro sonho, Deus lhe diz para tomar Maria e o menino para que possam fugir de Herodes. Mais uma vez, sem hesitar, e desconsiderando os perigos e as dificuldades que encontraria, ele parte.
Agora, ainda no Egito, esperou pacientemente o aviso de Deus para que ele, Maria e o Menino pudessem regressar à Israel. Ao receber a ordem, partiu sem hesitar, na obediência. Contudo, durante o caminho recebeu notícias de que o filho de Herodes, Arquelau, reinava no lugar do seu pai. Teve medo de voltar para casa e fixou sua morada em Nazaré, na região da Galileia. Mais uma vez foi a Deus obediente, confiando na providência divina.
Mais tarde, teve que participar do recenseamento imposto pelo Império Romano. Viajou de Nazaré para Belém, sua terra natal. Aqui nasceu Jesus, em condições difíceis e adversas. Uma vez mais, José, com espírito de obediência, tudo aceitou, sem reclamar.
Em tudo José mostrou ao seu filho adotivo Jesus a importância da obediência a Deus e aos seus desígnios. Era obediente aos preceitos do Senhor: os ritos da circuncisão de Jesus, da purificação de Maria depois do parto, da oferta do primogênito a Deus.
Assim, na longa vida oculta, na escola de Nazaré, Jesus aprendeu o valor da obediência e do trabalho duro. Aprendeu com seu pai José a respeitar os preceitos de Deus e acreditar no seu amor e na sua proteção. Aprendeu, sobretudo, a ser obediente aos desígnios do Senhor.
Que neste mês missionários, nós nos permitamos sermos conduzidos por nosso pai José, homem obedientíssimo. Sigamos seu exemplo de vida e suas virtudes, para que sejamos discípulos missionários do Pai do Céu.
Pe. Max Celestino Sales de Almeida
Pároco
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