Iniciamos o mês de julho. Junto com ele, temos a alegria de ver novamente as portas de
nossas igrejas abertas e de voltarmos a participar das Missas, mesmo que, por hora, em número reduzido de pessoas. Por isso, damos graças a Deus e continuamos a pedir a intercessão da Virgem Maria, Mãe da Igreja e nossa Mãe, a fim de que Ela nos ensine a testemunhar o Evangelho da Cruz para podermos viver o Evangelho da Graça.
O mês de julho em nossa paróquia, a partir deste ano, será dedicado aos dizimistas; à reflexão sobre a importância de compreendermos a espiritualidade que está por trás deste gesto de partilha e comprometimento eclesial. Neste sentido, um texto de São Paulo é muito inspirador: “Cada um dê como dispôs em seu coração, sem pena nem constrangimento, pois Deus ama a quem dá com alegria” (2Cor 9,7). O gesto da doação, da partilha, da devolução do dízimo deve ser acompanhado do entendimento de que o dízimo, antes de tudo, é o reconhecimento dos benefícios de Deus concedidos gratuitamente ao homem. E é a partir deste entendimento que devemos ser dizimistas. Não podemos nos sentir constrangidos a sermos dizimistas. Esta atitude deve brotar de um coração que, livremente, se sente desejoso de contribuir com sua paróquia e que neste tipo de partilha também encontra a alegria de pertencer ao Povo de Deus.
O dízimo possui quatro dimensões, que nos lembram seu fundamento espiritual: a dimensão religiosa tem a ver com a relação do cristão com Deus e a busca cristã de não se apegar aos bens da terra; a dimensão eclesial diz respeito à consciência do cristão de ser membro da Igreja e de ajudar no seu sustento material; a dimensão missionária quer ser um aprofundamento da realidade de comunhão e de partilha na Igreja, quando ajudamos, no âmbito paroquial, diocesano ou nacional, comunidades que não possuem recursos financeiros suficientes; a dimensão caritativa que, por parte da comunidade, se manifesta no cuidado com os pobres.
Que neste gesto generoso e libertador, a contribuição do dízimo possa fazer nascer em nós a consciência de que nossa vida deve ser também dom e partilha.
Pe. Max Celestino Sales de Almeida
Pároco
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